
Quando por aqui chegaram, no século XVI, os espanhóis chamaram os dois tipos com a mesma palavra tomate, difundindo o termo e o alimento pelo mundo afora. No início, porém, os europeus usavam o tomate mais para ornamentar seus jardins do que para incrementar seus pratos. Havia também botânicos e médicos que investigavam suas propriedades curativas.
Nos países de fala inglesa, a resistência ao tomate como item da culinária foi ainda maior. Até o século XIX dizia-se, nos Estados Unidos, que era venenoso. Talvez a prática de jogar tomates em artistas como forma de reprovação tenha nascido dessa crença equivocada.
Devemos à Itália a redescoberta do tomate como alimento, novas formas de cultivá-lo, condicioná-lo, e seu retorno à América, quando grande número de imigrantes italianos veio para cá a partir do final do século XIX. Mas já o tomate ganhara entre eles outro nome, pomodoro, proveniente da expressão pomo d'amore, isto é, "fruta do amor", em virtude de supostas qualidades afrodisíacas.