sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A raiz etimológica da árvore de Natal

A árvore é um dos símbolos mais ricos, em todos os tempos, nas mais diferentes culturas. A árvore de Natal, desde a Idade Média, no ocidente, possui as suas peculiaridades. Conta-se que São Bonifácio (680-754), evangelizador da Alemanha, derrubou um carvalho (a "árvore do trovão", dedicada aos deus Thor) com uma só machadada, o que lhe teria dado autoridade para escolher como árvore substituta o pinheiro, símbolo de Jesus Cristo.

A palavra tem sua raiz em arbor, que em latim significava não só a "árvore", entendida como vegetal com as maiores dimensões, mas também "objeto de madeira" (como um mastro ou um remo) e, por extensão, "navio".

A palavra tem alguns desdobramentos. Arbustum, em latim, significava "bosque" ou qualquer lugar onde houvesse um conjunto de árvores. "Arbusto", por sua vez, provém de arbuscula, isto é, "arvorezinha". Uma rua "arborizada" é uma rua cheia de árvores. O esporte radical canopy, que consiste em caminhar por entre as copas das árvores, começa a ser conhecido entre os falantes da língua portuguesa como "arborismo", um neologismo.

Voltando à árvore de Natal, seus enfeites possuem também outros tantos significados. As bolas coloridas representam os frutos da vinda de Cristo à terra. A estrela no topo da árvore indica o fenômeno celeste que guiou os reis magos. Há quem acrescente bengalinhas, que evocam o cajado dos peregrinos mas também o de Jesus, o Bom Pastor.

Quanto mais enfeitada e brilhante a árvore natalina estiver, mais saltará aos olhos, no plano simbólico (no plano que une as pessoas em torno de determinados significados), o nascimento de Jesus como acontecimento carregado de beleza e fertilidade. Aliás, os primeiros filósofos cristãos referiam-se a Cristo como arbor vitae, "árvore da vida". 


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