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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Carona não é cara

carona é uma forma barata e inteligente de contribuir para melhorar o trânsito caótico das grandes cidades.

A palavra procede da expressão espanhola a la carona, que por sua vez remete ao latim caro ("carne"). No meio do caminho, o genitivo carnis ganhou uma forma popular, caronis, e daí foi um pulo para a palavra carona.

A la carona se refere ao que está em contato com a carne. Dizia-se, por exemplo, que alguns santos vestiam roupas finas, mas a la carona (isto é, por debaixo dessas roupas, na sua pele) usavam o cilício como forma de penitência.

Andar de carona é, portanto, um corpo a corpo. Quem dá carona permite esse contato com outra pessoa, em nome da solidariedade e de um trânsito mais humano.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval: quanto vale e o que leva...

Os dias anteriores à Quarta-feira de Cinzas eram (ideia não de todo descartada) período de despedida da carne. Daí porque a etimologia popular diga que no latim medieval havia a expressão carne vale: "adeus, carne!" A "terça-feira gorda" alude ao iminente início de um tempo de jejum e abstinência.

Seria o caso de perguntar quanto vale o carnaval. Ou quanto pesa... Ou o que nos leva a pensar e fazer.

A palavra "carnaval" guarda em si um fato religioso e uma experiência cultural. O papa Gregório Magno, em 590, transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, e denominou o domingo imediatamente anterior como dominica ad carne levandas, o domingo a partir do qual se suprimiria o consumo de carne.

A expressão popularizou-se e se difundiu. No milanês, como carnelevale. Antes, no baixo-latim, carnelevamen. Graças a um pouco de tolerância, o adeus à carne passou do domingo para a terça. De qualquer forma, a carne deve ser levada para longe do fiel antes que comece a Quaresma. Etimologicamente falando, o único dia de carnaval deveria ser a terça-feira...