Mas quem roubou a cena mesmo foi o filho, cujas caretas estão nas primeiras páginas, por exemplo, do O Estado de S.Paulo e da Folha de S.Paulo.
A palavra "careta" é uma "cara" especial. No grego, kára significava "cabeça" ou "cimo" (de árvore ou montanha). Especula-se que a palavra "crânio" ("parte superior, protegendo o encéfalo"), que nos chegou pelo latim medieval *cranium, está relacionada com a mesma palavra grega kára.
Com o tempo, o sentido concentrou-se na parte anterior, na face, de animais e homens, e ao mesmo tempo assumiu todo o indivíduo — falamos daquele cara (uma pessoa indeterminada), ou elogiamos alguém e o destacamos da multidão dizendo que ele é "o cara"!
Ao acrescentar o sufixo -eta à "cara", não pensamos que é uma cara pequena, como em "faceta", mas que é uma cara expandida. O sufixo acaba significando o contrário do habitual — "estatueta" ("estátua de pequenas dimensões"), "banqueta" ("pequeno banco") etc.
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